Erasmus+ Grécia

Entre os dias 4 e 8 de março, participamos na formação “INCLUSIVE EDUCATION:Tackling with classroom diversty and early school leaving”, que decorreu no âmbito de uma mobilidade KA1 Erasmus+ à Grécia. Durante a formação, foram abordados vários conteúdos alusivos à inclusão, tais como a diversidade e heterogeneidade presentes nas escolas de hoje; a necessidade premente de reformular os currículos para os adequar a todos os alunos; o plano educativo individual enquanto ”ponto de partida” em permanente atualização e ainda, a importância do trabalho colaborativo, entre professores e também com as famílias e a comunidade. Foram momentos muito enriquecedores em que tivemos a oportunidade de trocar experiências profissionais e culturais com professores da Lituânia, Letónia, Dinamarca e Itália e pudemos aperceber-nos que, embora com algumas diferenças, estamos todos no mesmo barco e a remar para o mesmo lado (seguindo as diretivas da comunidade europeia). Constatamos, por exemplo, que nas escolas gregas se debatem com a inclusão e o combate ao abandono escolar das crianças refugiadas e que há um longo caminho a percorrer até que este fenómeno cultural seja encarado como uma oportunidade de enriquecimento.

Tivemos ainda a oportunidade de observar in loco estratégias diversificadas de aprendizagem em que crianças, com perturbações do espetro do autismo, realizavam um trabalho muito meritório, apesar dos poucos recursos existentes na escola, o que vem reforçar a ideia de que a inclusão vai para além dos meios materiais e depende, sobretudo, do nosso envolvimento pessoal.

Mas nem só de trabalho se fez esta mobilidade! Enquanto professoras da área das Humanidades, ambas tivemos formação em Cultura Clássica e, portanto, estávamos expetantes relativamente a esta nossa visita ao “berço da civilização”. O programa cultural foi muito bom e ficou acima das nossas expetativas: em Atenas, visitamos a incontornável Acrópole e o seu Museu, que tão bem alia a Antiguidade Clássica à modernidade; em Piréus apreciamos as obras de arte do Museu Arqueológico e passeamos pela baía onde outrora aportaram os heróis gregos do nosso imaginário; tivemos um jantar de boas vindas e outro de despedida, onde, para além da degustação de pratos típicos, pudemos dançar ao som de música ao vivo, tal como personagens do filme “Zorba , o grego”. A língua não foi uma barreira, antes pelo contrário, foi muito gratificante conhecermos a nossa capacidade de superação e comunicação.

O que é que esta experiência irá trazer para a nossa prática pedagógica? Vamos, com certeza, encarar o método de ensino e aprendizagem de uma forma mais flexível e adequar o currículo sempre que necessário, agora com mais agilidade. Encaramos esta experiência como uma “reciclagem” dos nossos conhecimentos e estamos prontas para outros desafios.

Professoras Ana Isabel Alves e Teresa Paula

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