À descoberta de Saramago

No passado dia 20, saímos, pela manhã, rumo à sede da Fundação José Saramago, localizada em Lisboa, mais precisamente na Casa dos Bicos. Lá, tivemos oportunidade de assistir a uma palestra acerca do autor – vida, estilo literário e obras. A apresentação incidiu mais, e tal como era esperado, sobre a que consta no programa de Português, para o 12.º ano, “O ano da morte de Ricardo Reis”. Ficámos a conhecer muitas das suas particularidades, inclusive, o que presidiu à sua elaboração, o que nos deixou curiosos e, portanto, mais motivados para a sua leitura.
Mas a nossa viagem geográfica e literária não ficou por aqui. Logo após o almoço, ainda na Fundação, saímos, fazendo, a pé, exatamente o mesmo percurso que fez Reis na obra de Saramago.

À medida que íamos avançando no mapa estipulado, iam-nos dando informações relevantes, contextualizando-nos histórica e literariamente.

Esta atividade permitiu-nos olhar para os locais, tal como eles são perspetivados pelo protagonista, e imaginar até as situações que o próprio descreve no seu livro.

Porém, a cereja no topo do bolo viria no passo seguinte. Após um sem número de informações que fomos assimilando ao longo do dia, chegou a altura de assistir a uma adaptação teatral da obra. A companhia escolhida foi “A Barraca”, a quem coube a tarefa de nos apresentar uma ‘leitura’ da obra, numa versão simplificada e certamente ajustada ao público-alvo.

Esta visita foi garantidamente uma mais-valia para todos nós. Foi uma atividade motivadora, que permitiu uma primeira abordagem da obra, de forma menos convencional, mas perfeitamente adequada aos alunos. Entendida como forma de nos contextualizar/ enquadrar no universo Saramaguiano, muito particularmente no livro em análise, a visita, ao contemplar todas estas atividades, deu-nos preciosas pistas de leitura, abrindo espaço para a vontade honesta e genuína de ler efetivamente do princípio ao fim “O ano da morte de Ricardo Reis”, “ onde o mar se acabou e a terra espera”.

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